sábado, 12 de setembro de 2015

Alegria com os frutos

Salmos – Capítulo 126

“Quando o Senhor trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, éramos como os que estão sonhando. Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cânticos. Então se dizia entre as nações: Grandes coisas fez o Senhor por eles.   Sim, grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres. Faze regressar os nossos cativos, Senhor, como as correntes no sul. Os que semeiam em lágrimas, com cânticos de júbilo segarão. Aquele que sai chorando, levando a semente para semear, voltará com cânticos de júbilo, trazendo consigo os seus molhos.”  
Antes de falar da Alegria precisamos falar dos frutos. Os frutos são antes de mais nada uma dádiva de Deus. É ele quem dá porque ele planejou assim. Deus criou todas as coisas e criou as árvores que no tempo certo dá o seu fruto Como diz os Salmos Capítulo 1.
Porém também, como um projeto de Deus, os frutos são a consequência natural do trabalho do Agricultor. É bem verdade que mesmo aonde o homem não está, árvores crescem naturalmente independente da intervenção do homem. Mas foi o próprio Deus que deixou como tarefa para o homem o cultivar, começando com a semeadura, continuando com cuidado e proteção da lavoura e terminando com a colheita.
Esse processo é tão maravilhoso por que demonstra que Deus está presente para o sustento do homem, mais que ele quer e faz uma parceria com próprio homem.
Como prova da grandeza desse projeto de Deus ele estabelece uma festa que denomina de festa da colheita para que o homem se alegre e celebre os frutos que vem dessa parceria de Deus com homem.
Ser parceiro de Deus é algo que não dá pra mensurar. É ser reconhecido e ter a credibilidade do próprio Deus.
Quando vemos e colhemos os frutos, fica entendido que houve a parceria. Pois alguém plantou, alguém regou e Deus deu o crescimento. E agora, como uma festa, um grande presente, temos os frutos.
Sendo assim, festejar é uma ordem de Deus. Implica em; “Aquele que sai chorando, levando a semente para semear, voltará com cânticos de júbilo, trazendo consigo os seus molhos.” Ou seja, ainda que durante a semeadura e cuidado, o lavrador tiver passado por tempestades e pestes, Deus esteve presente em todo o tempo de tal maneira que veio os frutos a pesar de.
Então, nos alegramos, não só com os frutos, mas principalmente com a evidência da Presença, da Parceria, que Deus escolheu estabelecer comigo e com você.
Não se alegrar com os frutos é desconsiderar essa Presença e Parceria. Sendo assim, permita-me sugerir que Celebremos todos os dias, pelos muitos frutos que Deus tem nos propocionado.
“Grandes coisas fez o Senhor por eles.   Sim, grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres.”

Rev Zenildo Martins Tavares

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Continuação DEBAIXO DE CINZAS

1. Debaixo de cinzas há um arrependido declarado.

As cinzas são humilhação. As cinzas são o fim. “Lembra-te de que és pó e ao pó hás de voltar.” (Gn 3,19)
Estar debaixo de cinzas é morrer para o pecado. E quando se morre não dá para voltar. Isso quer dizer que temos que romper definitivamente com o pecado. Afinal ele, o pecado, nos “matou”.
Arrependimento é quando convictos do nosso pecado, tomamos uma postura de não voltar ao vomito.
Porém o que temos visto hoje é que com facilidade voltamos ao pecado. Não estou falando simplesmente dos que se desviam do evangelho, mas daqueles que mesmo ativos em suas funções na igreja voltam todos os dias, ou constantemente, as suas práticas pecaminosas.
Às vezes pensamos que pecado é adultério, roubo ou homicídio. Porém é muito mais do que isso. É matar alguém com nossas palavras. E fazemos isso todas as vezes que o que falamos de alguém não traz vida para ela.
Pecado é também omissão. E nisso, infelizmente, somos campeões. Omitimos-nos de nossas obrigações para com o próximo e para com Deus. Não fazemos o bem e nos conformamos com as injustiças. Pior, muitas vezes, os autores das injustiças somos nós.
Quando não perdoamos, somos pecadores.
Quando não fazemos o bem, somos pecadores.
Quando não nos alegramos com os que se alegram, somos pecadores.
Quando não choramos com os que choram, somos pecadores.
Quando não amamos, somos pecadores.
Há os pecados que são considerados graves porque aparecem mais. Porém, pecado é pecado. Não importa se visíveis ou se ocultos. Não podemos voltar a ele como se fosse nosso café da manhã, que o tomamos quase que inconscientemente sem pensar em seus benefícios ou malefícios durante nosso dia.

Um arrependido declarado sabe que não pode voltar ao pecado. Ele vai lutar para ser diferente. Vai mudar as suas vestes. Vestes brancas que é símbolo de mudança de conduta, de caráter.
Um arrependido declarado não quer brincar com o pecado. Como José, ele prefere enfrentar a justiça humana provinda da declaração injusta da mulher de Potifar do que pecar diante do Deus vivo. (Gênesis 39,1-23)

Arrependimento não pode ser mais uma brincadeira. Deus não quer nossas maravilhosas interpretações e sim nosso arrependimento verdadeiro.

2. Debaixo de cinzas há um adorador apaixonado.

Adorador. Palavra em moda. Tanto se fala hoje em ser adorador que me pergunto cada dia mais sobre o que significa realmente ser adorador.
Pensando sobre isso percebo que adoração não é somente algo que faço e sim como faço.
Deus não se impressiona com minhas palavras e canções. O que poderia dizer para impressioná-lo? O salmista diz no Salmos 139,4. “Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, Senhor, já a conheces toda.”
Definitivamente adoração não é o que eu digo ou faço, mas como digo e faço.
Minha vida tem que fazer sentido e ter uma ligação verdadeira com as palavras e atitudes que apresento diante do Senhor.
Um adorador apaixonado quer viver a santidade de um Deus Santo.

Como pode alguém chegar a oferecer a Deus uma adoração manchada pelo sue pecado? Deus recebe qualquer adoração? Ele recebe qualquer sacrifício?
Veja o que diz o profeta Malaquias.

Malaquias 1,6-8. “O filho honra o pai, e o servo, ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o respeito para comigo? – diz o Senhor dos Exércitos a vós outros, ó sacerdotes que desprezais o meu nome. Vós dizeis: Em que desprezamos nós o teu nome? Ofereceis sobre o meu altar pão imundo e ainda perguntais: Em que te havemos profanado? Nisto, que pensais: A mesa do Senhor é desprezível. Quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não é isso mal? E, quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal? Ora, apresenta-o ao teu governador; acaso, terá ele agrado em ti e te será favorável? – diz o Senhor dos Exércitos.”

Que tipo de adoração temos deixado no altar do Senhor? Ela é pura, imaculada, sem manchas? Ou cega e imunda?

Somente, convicto do pecado e assumindo um arrependimento verdadeiro é que posso me tornar um adorador apaixonado.

3. Debaixo de cinzas há um maltrapilho de Abba.
O maior milagre não é ser transformados em pessoas mais belas e sim mais saldáveis espiritualmente.
Um banho tira a sujeira do corpo. Uma loja ou o bazar da ação social da igreja muda nossa aparência. Aulas mudam nosso jeito de falar.
Mas somente uma verdadeira experiência no Sangue de Jesus pode mudar nossa alma, o que verdadeiramente somos.
Não seremos perfeitos. Mas se estivermos debaixo de cinzas seremos verdadeiros.
Sofreremos os maus tratos dos nossos pecados, como o filho pródigo. Mas ao voltarmos para o Pai, voltaremos ainda maltrapilhos, mas acolhidos pelo IMENSO AMOR DO ABBA.
Que Deus nos abençoe.

Alguns textos sugeridos.

Mateus 11:21
— Ai de você, cidade de Corazim! Ai de você, cidade de Betsaida! Porque, se os milagres que foram feitos em vocês tivessem sido feitos nas cidades de Tiro e de Sidom, os seus moradores já teriam abandonado os seus pecados há muito tempo. E, para mostrarem que estavam arrependidos, teriam vestido roupa feita de pano grosseiro e teriam jogado cinzas na cabeça!

Lucas 10:13
Jesus continuou: — Ai de você, cidade de Corazim! Ai de você, cidade de Betsaida! Porque, se os milagres que foram feitos em vocês tivessem sido feitos nas cidades de Tiro e de Sidom, os seus moradores já teriam abandonado os seus pecados há muito tempo. E, para mostrarem que estavam arrependidos, teriam se assentado no chão, vestidos com roupa feita de pano grosseiro, e teriam jogado cinzas na cabeça.

Hebreus 9:13
O sangue de bodes e de touros e as cinzas da bezerra queimada são espalhados sobre as pessoas impuras, e elas ficam purificadas por fora.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

DEBAIXO DE CINZAS

Lucas 10:13

Jesus continuou: — Ai de você, cidade de Corazim! Ai de você, cidade de Betsaida! Porque, se os milagres que foram feitos em vocês tivessem sido feitos nas cidades de Tiro e de Sidom, os seus moradores já teriam abandonado os seus pecados há muito tempo. E, para mostrarem que estavam arrependidos, teriam se assentado no chão, vestidos com roupa feita de pano grosseiro, e teriam jogado cinzas na cabeça.

Debaixo de cinzas.
1. Debaixo de cinzas há um pecador assumido.

Quantos são pecadores? Quem, pela manhã ao levantar-se e indo ao banheiro para lavar o rosto, ao olhar no espelho grita e começa a chorar?

Nunca vi alguém desesperar-se – e olha que eu não gosto dessa expressão – no meio da igreja porque der repente enxerga seu pecado.

Essa, imagino, tenha sido o real sentimento de Isaias. Desesperado ao ver a Gloria de Deus, e enxergar-se pecador. “Aí de mim!!!! Estou perdido!!!”

A verdade é que nos escondemos de Deus por causa do nosso pecado. Isso começou no Éden. Adão se escondeu porque se viu nu. Viu-se como realmente é. Como que diante do espelho pela manhã. Quando percebemos a presença de Deus nos escondemos nas nossas declarações de arrependimento. Achamos que nossas ações podem encobrir nosso pecado. Porém, não nos “desesperamos”.

Como podemos imaginar que nosso pecado pode ser tão irrelevante assim?
No Antigo Testamento, sabia-se que se alguém se apresentar diante da presença de Deus em pecado seria exterminado, fulminado, viraria cinzas.

Essa consciência era bem presente na vida de Isaias.

E como achamos que podemos chegar a presença de Deus de forma tão passiva como temos feito.
Chamamos-nos de pecadores, muitas vezes, só por discurso. Porém o pecado não dói mais em nós.

Precisamos ser pecadores assumidos que carecem da Graça de Deus.

2. Debaixo de cinzas há um arrependido declarado.

As cinzas são humilhação. As cinzas são o fim. “Lembra-te de que és pó e ao pó hás de voltar.” (Gn 3,19)
Estar debaixo de cinzas é morrer para o pecado. E quando se morre não dá para voltar. Isso quer dizer que temos que romper definitivamente com o pecado. Afinal ele, o pecado, nos “matou”.
Arrependimento é quando convictos do nosso pecado, tomamos uma postura de não voltar ao vomito.

Continua em breve

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Toda Mudança tem que Começar em Mim

O que está havendo com nosso país? Nesse mês vimos as notícias de uma menina chamada Isabella. Ela foi assassinada, e a polícia aponta para o pai e a madrasta como os autores de tal atrocidade.
Vimos também nos noticiários que houve um terremoto a 270 Km da costa de Santos e que foi sentido por 4 estados inclusive no estado do Rio de Janeiro.
Ondas de 3 metros de altura provocaram um acidente com uma embarcação na Bahia de Guanabara.
Pais contra filhos, terremotos, maremotos etc. são sinais dos tempos. O Senhor Jesus disse que quando ouvisse-mos notícias desses acontecimentos estaria perto de sua volta.
Será que está tão próximo? Há muito temos notícias desses acontecimentos no mundo, mas agora, tudo está bem perto de nós. A grande questão é o que estamos fazendo? Qual a mudança que estamos influenciando ao nosso redor. Será que a Igreja faz alguma diferença?
Tenho participado de vários congressos e encontros onde profetizamos e tomamos posse das bênçãos sobre nossa nação. Mas não temos visto mudanças. Pelo contrario, o que vemos é notícias de mais violência, mais corrupção, mais injustiças. O que está errado? As promessas? As profecias? Deus?
Acho que não! A questão é que estamos querendo ver Deus mudar o mundo sem mudarmos a nós mesmos. Queremos ver todos sendo transformados sem antes sermos transformados.
Isso, entendo, faz toda a diferença. Pois toda mudança tem que começar em nós. Deus tem nos chamado para sermos sal e o sal muda o sabor ao seu redor.
A maior dor é aquela que estamos sentido agora. E nesse momento, a dor da Igreja é que aparentemente não estamos fazendo tanta diferença assim na história.
Será que vamos ficar vendo o tempo passar. O momento é de tomada de decisão. Ou faremos diferença ou Deus vai procurar outro povo para fazer sua obra. Não quero ficar de fora desse mover transformador de Deus. Quero fazer parte da geração chamada para mudar. Sendo assim, quero ser mudado. Quero ser moldado. E você quer também?
É preciso saber que ser moldado além de doer requer de nós determinação e perseverança.
Começa com minha decisão em abandonar o pecado. Essa decisão é minha. Não posso culpar nem a Deus e nem a ninguém além de mim mesmo pelos meus fracassos diante das tentações. Deus nos fortalece e sempre com a tentação da também o livramento (I Coríntios 10,13). A segunda coisa é que tenho que aprender amar sem fazer nenhuma espécie de distinção de pessoas. Tanto maus. Esses não queremos. Pois muitas vezes são os que nos maltratam, os que nos perseguem. Como ama-los?
Essa talvez seja a pergunta de maior complexidade para respondermos. Afinal, ao que parece, é uma questão de força. Nos sentimos fracos e incapacitados para amar pessoas que não nos amam.